Nesta série de artigos intitulada como “O que aprendi sobre Blogs“, contarei um pouco sobre minha trajetória na Blogosfera. Mas, o objetivo não é simplesmente contar a história do meu blog, e sim compartilhar com você as minhas experiências positivas e negativas de vários momentos em meus projetos web. Minha preocupação foi pontuar meus acertos que resultaram em algumas conquistas e, principalmente, os meus erros que me fizeram aprender muito sobre a difícil “arte” de blogar.
Este artigo foi extraído de um capítulo do meu livro “Diário de um Blogueiro – o que aprendi e conquistei com os blogs”, publicado pela editora Porto de Ideias. Caso tenha interesse em conhecer mais sobre este trabalho, é possível clicar aqui para encontrar mais informação sobre ele, como também adquiri-lo através do PagSeguro.
Projeto Hiperbytes
Depois de três anos estudando sobre blogs, eu já tinha uma bagagem considerável de conhecimento e sabia que nenhum dos meus projetos possuía uma perspectiva de crescimento devido a uma série de fatores, mas, principalmente, por não ter feito um planejamento de longo prazo para eles. Foi então que decidi criar um novo blog, mas dessa vez tudo seria planejado para não cometer os mesmos erros dos blogs anteriores.
Por isso, antes de criar meu próximo blog, fiz um estudo sobre planejamento de projetos em materiais de blogueiros reconhecidos, como o livro “Como criar um blog – de desconhecido a Problogger”, do Paulo Faustino, no qual ele se propõe a ensinar todos os passos e métodos para a criação de um blog de sucesso.
Depois de ler o livro e tantos outros artigos sobre o assunto, comecei a elaborar um plano de negócios, que nada mais é que um documento no qual você define uma série de aspectos do seu projeto antes mesmo de ele existir. Alguns exemplos de questões que estavam presentes em meu plano de negócios eram:
- Qual seria o nicho de mercado do blog;
- Qual seria o produto e o público-alvo;
- Quais seriam os objetivos e metas de curto, médio e longo prazo;
- Quais eram os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades no meu projeto;
- Quanto financeiramente estaria disposto a investir;
- Cronograma de desenvolvimento do projeto.
Dentro deste último item, fiz um checklist de todas as atividades que teria que desenvolver antes de colocar o blog no ar. Apesar de dar bastante trabalho pensar em tantos detalhes, recomendo fortemente a todo novo blogueiro que invista parte do seu tempo na elaboração de um plano de negócios, pois, com certeza, é muito útil durante o processo de desenvolvimento e o esforço vale a pena.
Depois de tudo planejado e implementado, chegou o momento de colocar o projeto em funcionamento, e a primeira versão do Hiperbytes você pode conferir na imagem a seguir:
Durante a elaboração desse novo projeto, fiz o que estava ao meu alcance para criar uma imagem verdadeiramente profissional, por isso investi na compra de um domínio do tipo “.com.br” e na contratação de um serviço de hospedagem para utilizar o WordPress como plataforma. De modo geral, fiquei muito satisfeito com o resultado.
Escolhi o tema desenvolvimento web para o blog por gostar muito do assunto e por estar relacionado diretamente com minha área de formação profissional, pois sou graduado em Sistemas de Informação e pós-graduado em Desenvolvimento de Sistemas para Web. Pretendo, então, utilizar esse espaço para compartilhar meus conhecimentos sobre o assunto com quem possa interessar.
No primeiro ano do blog não consegui trabalhar nele da forma como gostaria no que se refere ao conteúdo. Entretanto, durante esse tempo tive oportunidade de fazer vários testes que desejava e agora, com a finalização desse livro, minha meta é dar mais atenção e continuar este trabalho.
Visando favorecer a leitura dos artigos e a melhor otimização pelas ferramentas de busca, inclusive me dispositivos mobile, comecei em fevereiro de 2017 uma reformulação no template até chegar a esta versão que você está navegando agora.
Unindo o necessário ao agradável
Um dia, resolvi mostrar o meu blog Hiperbytes para o coordenador de T.I. do hospital no qual eu trabalhava, e ele, entusiasmado com a ideia, perguntou-me como funcionava o WordPress e o que mais poderia ser feito ali. Depois de algumas semanas, ele disse que estava pensando em apresentar para a diretoria do hospital um projeto para a criação de um blog institucional e perguntou se eu aceitaria esse desafio. É claro que aceitei na hora, pois eu iria ganhar para fazer algo que com certeza eu faria de graça! Que mais um blogueiro poderia querer?
Decorridos alguns meses devido à burocracia organizacional, o projeto foi aprovado e passamos para a fase de planejamento. Mais algumas semanas e comecei a trabalhar em um protótipo, e depois de todas as correções necessárias, inauguramos no dia 05 de agosto de 2010 o Blog do Instituto Bairral, que você pode ver na imagem a seguir:
Realizar este trabalho foi uma tarefa muito fácil, pois utilizei a mesma estrutura e ferramentas do Hiperbytes. Neste projeto fiquei responsável pela manutenção do blog e por publicar duas vezes por semana os artigos que diversos profissionais escrevem sobre assuntos ligados à psiquiatria hospitalar e aos eventos da Instituição.
Participação no Dinheirama
Uma das maravilhas da Blogosfera é a possibilidade de conhecer pessoas incríveis e tornar-se amigo delas sem nunca tê-las visto pessoalmente. Por mais que o blogueiro escreva sobre um assunto técnico, suas ideias, opiniões e personalidade estão impregnadas nos artigos, e com a leitura constante deles, você acaba por conhecer um pouco a pessoa e se afeiçoa a ela da mesma forma que ocorre na vida off-line.
Um desses amigos que conheci por meio da Blogosfera é o Conrado Navarro do blog Dinheirama (http://dinheirama.com). Quando o conheci, estava interessado em aprender mais sobre investimento na bolsa de valores, mas em seu blog ele aborda assuntos que vão muito além da visão técnica sobre investimentos.
Sem fugir do assunto do seu blog, o Conrado escreve como se estivesse tendo um conversa com o seu leitor e aborda profundas reflexões, como consumo consciente, valores pessoais/profissionais, educação financeira, etc. Essas reflexões criavam (e ainda criam) debates interessantes entre os leitores nos comentários, e isso me fazia ter vontade de também participar dando a minha opinião. Consequentemente, passei a manter contato com o Conrado pelos comentários e, posteriormente, por e-mails.
Nossa relação de blogueiro e leitor foi benéfica para ambos os lados, pois, além de ser um leitor assíduo do Dinheirama, sugeri na empresa onde trabalhava que o contratasse para dar uma palestra sobre educação financeira aos funcionários. A ideia foi aceita pela diretoria e, no dia 14 de março de 2011, tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e assistir sua palestra.
Depois da palestra, continuamos a trocar alguns e-mails e, certo dia, o Conrado me perguntou se eu não estaria interessado em escrever um artigo para publicar no Dinheirama. Coincidência ou não, eu tinha em meu computador um rascunho para um artigo chamado “Quando compramos por necessidade e quando compramos por vaidade”, que pretendia publicá-lo em meu blog. O artigo ainda estava bem “cru”, mas com o convite de escrever como autor convidado no Dinheirama, finalizei-o rapidamente, investindo mais tempo do que costumava gastar para revisar artigos, com o intuito de deixá-lo “no capricho”, afinal, não é todo dia que somos convidados para publicar um artigo em um blog conceituado como o Dinheirama.
Revisado pela equipe do Dinheirama, meu artigo foi publicado no dia 17 de outubro de 2011 com o seguinte título: “Compramos mais por necessidade ou vaidade?”. Nunca um artigo meu havia sido tão debatido por tantas pessoas! Tirando os meus comentários, vinte e duas pessoas comentaram o artigo deixando elogios e/ou debatendo sobre o assunto. Certamente que se tivesse publicado o artigo em meu blog, ele não teria alcançado nem um centésimo da quantidade de pessoas que o Dinheirama atinge, e muito provavelmente não teria a repercussão que teve.
Diante da repercussão do meu artigo, o Conrado sugeriu que eu escrevesse mais e, daquele dia em diante, tornei-me um colaborador oficial do blog Dinheirama.
Ser um colaborador de um blog reconhecido como o Dinheirama é, além de um orgulho para mim, muito benéfico para meus trabalhos na internet. Só não é mais benéfico porque o nicho de mercado dos meus blogs não é o mesmo que o do Dinheirama.