Criada por Rasmus Lerdorf em 1995, a linguagem de programação PHP (Personal Home Pages) foi uma das linguagens para internet que mais cresceu nos últimos anos. Segundo estatísticas publicadas no site https://w3techs.com o PHP é utilizado em quase 80% dos sites publicados na internet.
No início o PHP era apenas um conjunto de scripts voltados à criação de páginas dinâmicas, mas, à medida que a ideia foi crescendo a linguagem foi aprimorada e recebeu diversos novos recursos até na sua atual versão, o PHP 7.
A quantidade de recursos aliada à sua qualidade, assim também como sua facilidade de utilização, tornaram a linguagem de programação PHP uma das melhores alternativas para o desenvolvimento de aplicações web. E, ano após ano, o PHP se consolida como uma das linguagens orientada a objetos que mais cresce ao redor do mundo.
Iniciando em PHP
Diferentemente da linguagem de marcação HTML em que é preciso apenas um editor de texto e um navegador para desenvolvermos páginas web, na linguagem PHP necessitamos também de um servidor web, que pode ser instalado na máquina local, para que seja possível executar o código PHP e enviar o resultado para o navegador.
Um programa em linguagem PHP pode ser escrito em qualquer editor de texto como, por exemplo, o Bloco de Notas do Windows ou qualquer outro nas plataformas Linux e Apple.
Partindo do pressuposto que você possui o Windows instalado em seu computador, juntamente com um navegador de internet (Internet Explorer, Mozila Firefox ou Google Chrome) e um servidor web local corretamente configurado, vamos começar imediatamente a escrever o nosso primeiro programa em PHP, o famigerado “Olá Mundo!”.
Abra então o seu Bloco de Notas, ou outro editor de sua preferência, e digite as linhas de código abaixo.
<?php
// meu primeiro programa em PHP
echo "<h1>Olá Mundo!</h1>";
?>
Salve o arquivo como o nome “olamundo.php” na pasta root ou www do seu servidor web local.
Abra em seguida seu navegador e digite “http://localhost/olamundo.php” na barra de endereço. Certifique-se de que o servidor web esteja “startado“. Caso contrário, você não conseguirá reproduzir o exemplo acima.
Parabéns! Em menos de dois minutos você criou o seu primeira “programa” em PHP. Viu como é fácil? Vamos agora entender o significado de cada linha que você digitou e relacionar pequenos problemas recorrentes que podem acontecer.
Decifrando o “olamundo.php”
Vamos analisar novamente o exemplo anterior e entender individualmente cada linha de código.
<?php
// meu primeiro programa em PHP
echo "<h1>Olá Mundo!</h1>";
?>
- A linha 1 indica o início de um trecho de código em PHP, utilização obrigatória sempre que começamos um bloco de código;
- A linha 2 indica um comentário do programador no código PHP. Tudo o que vem após o “//” é ignorado pelo servidor web e serve apenas para deixar o código documentado e autoexplicativo;
- Na linha 3 temos um comando utilizado para gerar uma saída. Nesse exemplo, estamos informando ao PHP para escrever na tela (navegador) o conteúdo que está entre as aspas;
Observação: o conteúdo dentro das aspas é uma linha de código em HTML, caso tenha dúvidas a esse respeito, recomendo que leia a primeira da aula do curso de HTML.
- Ainda na linha 3 temos mais um item referente à sintaxe do PHP, o símbolo de ponto-e-vírgula ( ; ) que está imediatamente após o fechar aspas. Este símbolo indica o fim de uma linha de comando em PHP, sendo sua utilização obrigatória em muito comandos em PHP;
- A linha 4 indica o término de um trecho de código em PHP, utilização obrigatória sempre que terminarmos um bloco de código;
Se clicarmos com o botão direito do mouse sobre a página “Olá Mundo!” e escolhermos a opção “Exibir código fonte”, veremos abrir uma nova página do navegador com o código HTML da página que, no nosso exemplo, será apenas o código a seguir:
<h1>Olá Mundo!</h1>
Isso acontece por que o nosso código PHP foi executado no servidor que enviou apenas o resultado final para o navegador. Ou seja, o nosso programa “mandou” apenas escrever o código HTML acima na tela do navegador. E, por mais que o nosso arquivo possua inúmeros comandos em PHP, o resultado final enviado para o navegador sempre será uma página estática em HTML. Caso não tenha ficado muito claro este conceito, fique tranquilo que veremos isso com mais detalhes e com mais exemplos nos próximos capítulos deste curso.
Quer dizer então que terei que digitar todas as tags HTML dentro dos comandos PHP?
Não. Pois, mesmo trabalhando como uma linguagem de programação como o PHP, o código fonte das nossas páginas não possuirá apenas comandos PHP, mas também as estruturas de tags que aprendemos no curso de HTML. Entretanto, essas tags devem aparecer antes do comando <?php e depois do ?>, a não ser que utilizemos os comandos de exibição como o que vimos no exemplo acima.
Mas e daí? Qual a utilidade de misturar comandos PHP com tags HTML?
Essa combinação entre HTML e PHP é muito útil, pois utilizamos o PHP para gerar dados de forma dinâmica e o HTML para exibir as páginas no navegador. Vamos entender melhor esse conceito através do exemplo a seguir.
<html>
<head>
<title>Introdução ao PHP</title>
</head>
<body>
<?php
$data = date (“d/m/y”, time() );
?>
<h1>Hoje é dia
<?php
echo $data;
?>
</h1>
</body>
</html>
Neste exemplo utilizamos a função date() do PHP que retorna o data atual do sistema e armazenamos o resultados dessa função em uma variável chamada $data. Depois, utilizamos o HTML para escrever “Hoje é dia” e o comando echo para exibir em seguida o conteúdo da variável $data no navegador.
Com o que aprendemos até aqui podemos frisar duas coisas importantes:
- O PHP representa a parte dinâmica do site enquanto que o HTML representa a parte estática. No entanto, depois que o PHP é executado no servidor web, o resultado final no navegador sempre será HTML.
- A importância do comando do comando echo para exibir na tela o resultado dos dados dinâmicos, pois, de nada adiantaria armazenar uma valor na variável $data se não fosse possível exibir esse valor na tela para o usuário